Marta Moraes; undefined. 2018. Porcelia macrocarpa (Annonaceae). Lista Vermelha da Flora Brasileira: Centro Nacional de Conservação da Flora/ Instituto de Pesquisas Jardim Botânico do Rio de Janeiro.
Espécie endêmica do Brasil (Flora do Brasil 2020, 2018), com ocorrência nos estados: Bahia (Fiaschi et al. 1196), Goiás (Rizzo et al. 13096), Minas Gerais (Shiavini e Oliveira 393), Rio de Janeiro (Farág e Lobão 411), São Paulo (Esteves et al 273), Paraná (Lindemam 2283), Santa Catarina (Falkenberg e de Oliveira 11026), Rio Grande do Sul (Záchia 1233). Segundo a Flora do Brasil 2020, a espécie não ocorre no estado do Rio Grande do Sul.
Árvore com até 25 m de altura, endêmica do Brasil, popularmente conhecida como banana de macaco, banana do mato, pau de zinga, pindaíba do mato (Flora do Brasil 2020 em construção, 2018). Foi coletada na Floresta Ombrófila e na Restinga, associadas ao domínio da Mata Atlântica, nos estados da Bahia, Goiás, Minas Gerais, Rio de Janeiro, São Paulo, Paraná, Santa Catarina, Rio Grande do Sul. Apresenta distribuição ampla, EOO=897899 km², diversos registros em coleções biológicas, inclusive com coletas realizadas recentemente, e ocorrência confirmada em Unidades de Conservação de proteção integral. A espécie ocorre em diferentes fitofisionomias, de forma ocasional. Não existem dados sobre tendências populacionais que atestem para potenciais reduções no número de indivíduos maduros, embora os frutos sejam comestíveis e sejam colhidos na natureza para uso local como fonte de alimento. Assim, Porcelia macrocarpa foi considerada como Menor Preocupação (LC), demandando ações de pesquisa (distribuição, tendências e números populacionais) a fim de se ampliar o conhecimento disponível e garantir sua perpetuação na natureza.
Descrita em: Acta Horti Berg. x. 31 (1930). Popularmente conhecida como banana de macaco, banana do mato, pau de zinga, pindaíba do mato (Flora do Brasil 2020, 2018). De acordo com especialista botânico a espécie: 1 - apresenta uso (madeira, frutos, paisagismo, etc). R: Sim. Frutos comestíveis, mas não é cultivada em larga escala. 2 - ocorre em Unidades de Conservação. R: Sim. Estação Experimental Federal, Sete Lagoas, Minas Gerais / Estação Florestal, Paraopeba, Minas Gerais. 3 - apresenta registros recentes, entre 2010-2018. R: Não. 4 - é uma espécie com distribuição ampla. R: Sim. Mata Atlântica e Cerrado. 5 - possui amplitude de habitat. R: Não. 6 - possui especificidade de habitat. R: Não tenho certeza. 7 - apresenta dados quantitativos sobre o tamanho populacional. R: Não. 8 - em relação a frequência dos indivíduos na população. R: Ocasional. 9 - apresenta ameaças incidentes sobre suas populações. R: Essa espécies foi pouco coletada nos últimos anos. A maior parte das coleções são antigas (1920-1970) (Mario Gomes, com. pess. 07/11/2018).
Estresse | Ameaça | Declínio | Tempo | Incidência | Severidade |
---|---|---|---|---|---|
1.1 Ecosystem conversion | 5.3 Logging & wood harvesting | habitat | past,present,future | national | very high |
Perda de habitat como consequência do desmatamento pelo desenvolvimento urbano, mineração, agricultura e pecuária representa a maior causa de redução na biodiversidade da Mata Atlântica. Estima-se que restem apenas entre 11,4% a 16% da vegetação original deste hotspot, e cerca de 42% da área florestal total é representada por fragmentos menores que 250 ha (Ribeiro et al., 2009). Os centros urbanos mais populosos do Brasil e os maiores centros industriais e de silvicultura encontram-se na área original da Mata Atlântica (Critical Ecosystem Partnership Fund, 2001). | |||||
Referências:
|
Estresse | Ameaça | Declínio | Tempo | Incidência | Severidade |
---|---|---|---|---|---|
1.2 Ecosystem degradation | 1 Residential & commercial development | habitat | past,present,future | regional | very high |
A Restinga é um ambiente naturalmente frágil (Hay et al., 1981), condição que vem sendo agravada pela forte especulação imobiliária, pela extração de areia e turismo predatório, além do avanço da fronteira agrícola, introdução de espécies exóticas e coleta seletiva de espécies vegetais de interesse paisagístico. A pressão exercida por essas atividades resulta em um processo contínuo de degradação, colocando em risco espécies da flora e da fauna (Rocha et al., 2007). Atualmente, a cobertura vegetal original remanescente da Região dos Lagos é menor que 10%(SOS Mata Atlântica, 2018). As Unidades de Conservação até então existentes, não foram suficientes e capazes de deter a forte pressão antrópica sobre os ambientes, especialmente pelas ações ligadas à especulação imobiliária e à indústria do turismo (Carvalho, 2018) | |||||
Referências:
|
Ação | Situação |
---|---|
1.1 Site/area protection | on going |
A espécie foi registrada na Estação Experimental Federal, Sete Lagoas, Minas Gerais e na Estação Florestal, Paraopeba, Minas Gerais |
Ação | Situação |
---|---|
5.1.2 National level | on going |
A espécie ocorre no território de abrangência do Plano de Ação Nacional para a conservação da flora endêmica ameaçada de extinção do estado do Rio de Janeiro (Pougy et al., 2018). | |
Referências:
|
Uso | Proveniência | Recurso |
---|---|---|
1. Food - human | natural | fruit |
Os frutos são consumidos. A polpa é doce, suculenta e muito saborosa, mas tem muitas sementes e muito pouca polpa (Tropical Plants Database, 2018). | ||
Referências:
|
Uso | Proveniência | Recurso |
---|---|---|
8. Fibre | natural | stalk |
A fibra obtida do tronco pode ser usada para fazer cordas (Tropical Plants Database, 2018). | ||
Referências:
|
Uso | Proveniência | Recurso |
---|---|---|
12. Handicrafts, jewellery, decorations, curios, etc. | natural | stalk |
A madeira é de textura média, de granulação cruzada, moderadamente pesada, com propriedades mecânicas ruins e não durável. É usado apenas para itens de baixo valor, como pranchas, caixas e brinquedos (Tropical Plants Database, 2018). | ||
Referências:
|